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Poesias
Nessa página são postadas poesias de minha autoria. De acordo com o tempo, novas poesias virão e serão postadas acima das antigas, se quiser e puder acompanhar as atualizações em minha página expositora, poderá sempre ver as atualizações sobre as poesias antigas, mas as poesias antigas não serão excluídas, podendo, portanto, ser visualizados abaixo.
Interpretação livre.
O vento e o missionário
Não altera em nada
Ser e não ter ação,
Sentir em vão,
chorar na hora errada
Ter as mãos atadas
e não pensar em como
acompanhar-se no abandono,
criar saída na entrada
Um toque ou um aceno
forte ou pequeno,
próximo ou distante
um tanto quento relevante
Discreto, indistinto,
findado o infinito
um ponto no horizonte
evitando o abismo
Fato irrelevante
discreto ou indiscrepante
fantasmas invisíveis
discutir o indiscutível
Tá aí, o tempo deputado
pelo vento a ser soprado
encarregado da missão
de juntar o ar das estações,
Faz mais o vento ao encarregar-se
do tempo sem curvar-se
que o dito missionário
ao fugir de um embate
O vento venta a ventania
da missão que entedia
O missionário as vezes cansa
mas o vento nunca cessa
seu sopro em ritmo de dança
A ventania conta a missão
que sopra o tempo
O missionário segue a missão
ditada pelo vento
Injustiçado?
Certamente,
Vejo em estrada,
Do outro lado,
Do outro lado,
Indigente,
Digo nada,
Sigo em frente,
Passo longe,
Despreocupado,
Finjo tudo
Para o nada,
Continuo,
Despreocupado
Perpetuo,
A caminhada
Acentuo,
A estrada
Diminui,
Valores
Corroei,
Faço valer
O que possuo,
Esqueço,
Necessidade,
Valor anulado,
Integridade
Esqueço o pouco,
Pego o muito,
Me desligo,
Começo o luto,
Tudo o que tinha
virou nada,
Perdi a linha
na estrada,
O que fazia,
Estilhaçado,
Certamente,
Me vejo agora,
Indigente,
Vendo passar
em minha frente,
A me olhar,
Um monte de gente,
Sem me notar,
Tomam distância,
Me sinto agora
Injustiçado,
Mas olho pra trás
e vejo o outro lado...
Estrereotipado
Estéreo, sólido, compacto,
forma reduzida de reproduzir,
o som sem causar impacto,
tipo pré estipulado de ser e sentir
Estéreo é o tipo repetido
do tipo que repete sem querer repetir,
nada original, talvez sem sentido,
quer ser igual porque sim, porque sim e porque sim
Faz o teste, refaz o reteste,
de leste a oeste cura-se de uma peste,
e é tomado por outra bem mais feroz
que toma o corpo todo em rimo mais veloz
As vezes toma porque fala alto,
outrora mata porque "lava a alma",
mata o mato, transforma tudo em asfalto,
mas nem todo moderno merece minhas palmas
Quem inventou que nada se cria
copiava por preguiça de pensar,
A cópia gera cópia e o novo entedia
ao ponto de fazer crer que isso é modernizar
Estereótipo, o tipo repetido de criar o novo,
Movimento robótico, é só quebrar a casca para transformar o ovo,
Ilusão de ótica, fazendo a mesmice parecer diferente
eis o ter, o ser e o tipo do tipo que a gente deixa penetrar em nossa mente
Pequeno finge ser grande
Sei lá,
Abro os olhos mas não posso ver,
o que há por trás da epiderme
permeada por muitos vermes
protozoário a nascer e crescer,
Dentro do ser
além do qual não posso ver
pois a epiderme impermeável
faz-se de escudo dubtável
mesmo aos olhos de quem melhor pode ver
Pele sobre a Pele,
do que destrói ao que repele,
Sangue sobre Sangue,
do corpo ao que lhe tange,
Pele sobre sangue,
repele tudo o que lhe tange,
sangue sobre a pele,
do corpo ao que lhe repele
e então
Vem cá,
faça-me saber,
permita-me enxergar,
diga-me o que há
dentro do ser, ter e estar
Faça-me sentir,
permita-me entender,
deixe-me ir além,
ver quem é, está ou tem
Já sei,
com os olhos fechados enxergo melhor,
o que há por trás da superfície
coberta por outros artifícios,
Pequeno que finge ser maior.
Corpo Publicitário
Atrás do muro
Adiante para tanto
deixar ver o Sol nascer,
Para grande ser o manto
que me esconde de você
Adoçante incorporado
falsifica o sabor,
Tendo a vida começado
diante ao bom e mal amor
Há no entanto um tesouro
que nos mostra a verdade
Por detrás daquele muro
descobrirás o que não sabes
Para onde?
Para quê?
Para longe de porquês
Parecido,
semelhante,
desde a vida ao ser
Criando a intensidade
é possível se ver muito além,
Intensificando a diversidade
vê-se mais que os outros veem
Para o muro ou o manto
passar sem destruir
vá ao outro lado do monte
e vejas o mesmo que verias ali
Para quando?
Para quê?
Para próximo do ser
Pareando,
agrupando,
Eis então o que querias ver.
Limite no escuro
Como um 8 deitado
funciona o reinado
que com os olhos fechados
vê o inesperado
Como caminho infinito
é visto o abismo
pelo ser destemido
que não crê no perigo
Não há horizontes
para quem fecha os olhos,
não vai muito longe
quem não liga para os sonhos
Com os olhos fechados
o abismo vem antes,
Sonhar de olhos abertos,
Ver sempre o horizonte
Pode ser até o fim
ou pode não ser assim,
Pode até ser o fim
mas não pode ser assim
Que tudo termine
da melhor forma,
Que possamos fazer
o que manda a obra
Ex-pressão
Expressão,
Eis o que não pressiona mais,
não bate, não fere não aje
não faz sentir a realidade
Distorção,
realidade não é vital,
sentimentos sem cabo nem rabo
encontram no vácuo significado
O fato é que faz tempo que tempo
que não se expressa sentimento
sentidos ou ideias,
identidade é documento
O feto constrói o fato
fatiado em sua mente,
sem quaisquer significados
para mais tarde serem moldados
E o molde muda a cada volta do mundo,
O mundo muda quando o molde volta,
A volta ao mundo muda o molde
do mundo mudado pelo molde que muda a cada volta
O lado do lado oposto
O lado do lado oposto
não se vê com o outro
pelo desgostoso gosto
de estar lado a lado
e querer ser sobreposto,
De forma impostora porém,
pois se diz diferente
no mesmo momento
que julga não ser mais ou menos que ninguém
Dificilmente ver-se-á
a mão direita cumprimentando a esquerda,
por propósitos idênticos aos de seu dissemelhante,
Visar o ganho mesmo que o outro perca
é da natureza do ser que se diz pensante
Racionalmente se raciocina
buscando deixar ao outro a própria sina,
Do lado de baixo ao lado de cima.
não vira mulher quem antes não foi menina
Se raciocina racionalmente
buscando igualdade sendo diferente,
Do menino criança ao homem maduro
aprende-se a pular para o lado oposto do muro
O oposto do lado do oposto
não se encontra com seu opositor,
sente-se desgostoso pelo gosto
de ter um oposto,
que busca se sobrepor,
ao outro que já se sente sobreposto
ao ser que tem como impostor,
no mesmo momento
que acaba por se opor ao lado oposto ao seu opositor.
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Arte
Nasce mais uma obra,
vem com ela sentimento,
Bela, uma ova,
não é isso o que sinto
Arte enquanto olhada,
expressão quando vista,
Parte de uma estrada,
palavras em uma revista
Ecrevo para expor,
Pinto para mostrar,
Digo que sou
Muito mais do que podes olhar
Faço quando sinto,
não sinto para fazer,
Arte após feito,
Sentimentos ao fazer
Levo a vida
Eu não quero mais voltar
para o ponto de onde vim,
Deixo a vida me levar
para onde devo ir
E assim levo a vida,
se saber para onde vou,
Só sei onde é a partida,
mas não sei onde estou
Acreditando ser esse o melhor caminho
não sei se posso seguir,
Mas não me importa vou seguir até o fim
caia onde cair
Olha onde eu fui parar
deixando a vida me levar,
Não é isso o que quero,
meu caminho vou guiar
Agora levo a vida,
decido aonde vou,
outro ponto de partida,
decido onde estou
Agora sei que estou no melhor caminho,
Já sei que posso seguir,
Seguirei sabendo que não tem fim,
Caia onde cair
trilegal tchê!!!
ResponderExcluirValeu a força!!!
ExcluirMuito bom!
ResponderExcluirObrigado pela força, se puder acompanhar, garanto que esse blog ainda vai ficar muito melhor, ainda falta muita coisa já pronta para postar e mais criações hão de aparecer...
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